Antes de tudo, o post de hoje não é sobre religião, nem defende os dogmas católicos. Mas não há como ignorar a grande mudança de imagem que está ocorrendo na Igreja Católica devido à liderança do Papa Francisco. A dica é, procure entender o pensamento estratégico e aplicar para a sua marca.
O Papa Francisco herdou em março de 2013 uma Igreja com a imagem arranhada: muitos escândalos, exemplos de conduta duvidosa e intolerância contra as diferenças de pensamento. A Igreja demonstrava um comportamento de século XIX, em pleno século XXI. E, através de um exemplo de liderança, o novo Papa demonstrou ao mundo que uma marca danificada pode sim, ser protegida e ter sua imagem recuperada.
O grande mérito do Papa foi diminuir as barreiras entre a Igreja e seus fiéis, estabelecendo uma nova forma de contato com o seu público, ouvindo para ser ouvido. Ele saiu de dentro da Igreja e foi ao exterior, procurando colocar-se no lugar do povo para entendê-lo melhor.
O Papa sempre foi muito enfático com os representantes da Igreja para que saíssem de sua introspecção e fossem às ruas ajudar os pobres e os que sofrem.
O Papa ouve, o Papa se aproxima das pessoas. O Papa tem empatia. Ele é um líder que conhece bem os processos da sua instituição, que conhece bem seus colaboradores, e que agora quer conhecer melhor o seu público: um líder participativo. Ele lida com multidões e consegue ser admirado, até pelos que não partilham dos mesmos ideais. Todos os empreendedores deveriam ao menos estudar as atitudes desse homem.
O Papa está dando uma excelente lição de branding e marketing. Ele representa e vive os ideiais da sua instituição, ele se porta como líder sem perder a humildade e o bom trato com todos ao redor. E prova disso é que a nova imagem da Igreja Católica se expande pelo mundo sem a necessidade de propaganda, as pessoas divulgam porque acreditam, porque se sentem envolvidas nessa construção.
As marcas de sucesso tem um alto índice de paixão envolvida, elas entram em nossas casas e fazem parte de nossas vidas, elas são intimistas e escutam o consumidor. A Igreja pode ser uma delas? Na minha opinião ela éE para encerrar o post deixo alguns dados interessantes:
- O Papa tem um Twitter oficial e é considerado o líder global mais influente, possuindo mais de 3 milhões de seguidores. Além disso ele tem contas em diversas línguas (entre elas o português e o latim). Suas mensagens são informais e conseguem alcançar o povo;
- Várias revistas de renome estamparam o Papa na capa: Vanity Fair, The New Yorker, e recentemente a Rolling Stones. O Papa inclusive foi considerado a Personalidade do Ano pela revista Time;
- A JMJ (Jornada Mundial da Juventude) acumulou um total de R$ 10 milhões em patrocínio. Bradesco, Itaú, Santander, Nestlé, TAM e McDonald`s foram alguns dos patrocinadores desse evento que trouxe o Papa ao Brasil;
O Papa é Pop!
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