Telegram: o app que está conquistando usuários do Whatsapp

Na semana passada o Whatsapp foi comprado pelo Facebook, e se tornou um dos assuntos mais debatidos mundialmente. Independente da quantia paga ou dos planos para o aplicativo, algo mais importante deve ser observado, será que o Sr. Facebook vai conseguir manter os usuários fiéis ao Whatsapp? Se depender do Telegram, não por muito tempo.

Não é dúvida que os programas de mensagem fazem sucesso no mercado, tanto que vários apps apresentam essa funcionalidade, entre eles os grandes, Viber, Facebook e Instagram. Porém nenhum deles se compara ao Whatsapp, queridinho dos usuários e vício mundial. O app tem 5 anos de existência e cerca de 450 milhões de usuários, recebendo aproximadamente 1 milhão de pessoas por dia, que o torna o principal aplicativo de mensagens instantâneas do mundo.

A venda do Whatsapp para o Facebook no dia 19 de fevereiro foi um dos assuntos mais falados mundialmente. O serviço de mensagens foi comprado pela quantia de 19 bilhões de dólares (4 bilhões em dinheiro, 12 em ações e mais 3 em bônus). No primeiro instante do anúncio oficial da venda várias pessoas já se perguntavam qual seria o futuro do aplicativo. O maior medo dos usuários do Whatsapp era que a nova gestão tornasse o app menos privativo, e mudasse alguns dos valores sempre defendidos pela marca, como a gratuidade do serviço. O receio tomou conta do mercado.

Whatsapp versus Telegram, será que um novato pode derrubar um gigante?

Cinco dias depois da compra, no sábado 22 de fevereiro, o Whatsapp passou pela maior e mais longa falha depois de muitos anos. Foram 4 horas fora do ar e usuários do mundo todo desesperados e revoltados com o serviço. Mesmo com a afirmação de Zuckerberg de que o aplicativo não mudaria, a desconfiança dos usuários se tornou gigante desde então.

E nesse momento delicado o tímido e desconhecido serviço de mensagens Telegram entrou em cena. Segundo o Twitter oficial da empresa 500 mil pessoas abriram contas no aplicativo no dia da venda do Whastapp. E o apagão do rival no dia 22 resultou em 5 milhões de novos usuários ao novo app. Mas afinal, o que é o Telegram?

O Telegram esperava o registro de 1 milhão de usuários por dia, mas se surpreendeu com 5 milhões de usuários em um único dia, devido à falha do Whatsapp.

O Telegram é um serviço de troca de mensagens fundado em 2013 por dois irmãos russos, Nikolai e Pavel Durov, criadores da VK, a maior rede social da Rússia. No domingo o app figurava no topo da App Store em 48 países. Na segunda ele estava em primeiro lugar no ranking dos aplicativos mais baixados no Brasil.

De diferente mesmo o Telegram oferece uma função de autodestruição: o chat privado. Essa função, que se assemelha muito ao Snapchat, permite que a mensagem enviada seja destruída sem deixar rastros, após um período de tempo personalizável pelo usuário. O resto é realmente idêntico ao Whatsapp, a funcionalidades, o visual, a experiência de uso... mas então, por que o Telegram está conquistando tantos usuários do Whatsapp?

O grande trunfo do Telegram está em dois detalhes promocionados pelos seus criadores, a segurança e a gratuidade. Os desenvolvedores do aplicativo dizem ter criado um aplicativo totalmente seguro, e oferecem 200 mil dólares para quem conseguir quebrar seu código de segurança. Segundo eles o servidor do Telegram não mantém nenhum rastro das mensagens, que são 100% criptografadas, assim como fotos, vídeos e música. Quanto a gratuidade, o aplicativo possui código aberto e é totalmente gratuito e, segundo os desenvolvedores, vai continuar sempre assim.

Segurança e gratuidade são os dois trunfos do Telegram, seus criadores garantem que suas mensagens são 100% criptografadas e que o aplicativo jamais será pago.

Vale lembrar que em outubro do ano passado o Whatsapp apresentou uma falha de segurança e algumas mensagens puderam ser interceptadas por terceiros. Agora, com a venda do app para o Facebook e o blackout recente, a migração para o Telegram aconteceu por usuários atraídos pelas promessas do app, de suprir o que o Whatsapp vem falhando em fornecer.

Uma falha de mercado tão grande do Whatsapp abriu um buraco para que uma marca concorrente pudesse entrar, e ela não fez feio. A empresa, que esperava o registro de 1 milhão de usuários por dia, se surpreendeu com 5 milhões de usuários em um único dia. A tendência é que esses números aumentem, pois o Telegram está virando moda entre os jovens, e os jovens ditam as regras desse mercado.

Por fim, resta ver se a marca realmente vai fazer jus aos seus valores, e se ela pode competir estavelmente com o gigante Whatsapp, inclusive derrubá-lo. Mas fica a lição: esse episódio mostra claramente, que em um mercado inconstante e mutável, nenhuma marca, por maior que seja, está salva. Mais detalhes no post Sua Marca vai Falir.

Eu baixei e estou testando o Telegram. Ele está disponível para Android, iPhone, Mac, Windows (pc apenas) e Linux. O ruim é que não possui ainda todos os idiomas (nada de português por enquanto), mas ele é rápido e realmente igual ao Whatsapp, o que facilita a interação usuário/aplicativo. Alguém de vocês tem Telegram? O que vocês opinam do app?

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A história do macaquinho Kipling

A Kipling conseguiu criar e manter uma personalidade forte e única não apenas com detalhes específicos nos seus produtos, mas com um item diferente, seus macaquinhos. Muitas gente já teve um, mas você já parou para se perguntar de onde esses mascotes vieram?

Com quase 30 anos de mercado a Kipling é consolidada hoje em dia como grife fashion. Seu público - meninas, adolescentes e jovens mulheres - carrega bolsas e mochilas da marca para todos os lados e é fiel defensor da marca. Durabilidade, qualidade e funcionalidade são valores fortes da marca, mas o fator responsável pelo elo emocional com o consumidor são os macaquinhos que vem com os produtos.

Foto tirada por fã Kipling.

A Kipling nasceu em 87, na Bélgica, com o objetivo de criar mochilas de nylon confortáveis e funcionais. A ideia sempre foi aliar a qualidade com design e diversão. Hoje em dia a marca atua em mais de 60 países e aqui no Brasil possui 32 lojas exclusivas. Todo esse crescimento é reflexo de um bom produto - pré requisito básico hoje em dia para qualquer marca poder competir bem no mercado - aliado com uma personalidade forte, mantida desde a criação até hoje. Um bom exemplo de uma marca efetiva para o mercado e para o consumidor.

Qualidade não gera mais diferencial hoje em dia, personalidade sim. A Kipling é um bom exemplo de uma marca que mantém seus valores imutáveis desde sua criação até os dias atuais. (imagem tirada do site da marca)

O nome da marca foi criado a partir de uma palavra que não significasse nada em nenhuma língua, uma palavra neutra. Kipling surgiu como homenagem ao escritor britânico Joseph Rudyard Kipling, autor do livro "The Jungle Book", um clássico para crianças, com o seu mundialmente famoso personagem: o pequeno Mogli. A inspiração do nome também foi inspiração para o mascote da marca, o macaquinho Kipling, por ser um animal de comportamento irreverente e alegre, qualidades que a empresa queria passar.

O macaquinho Kipling é o item de associação mais forte do consumidor com a marca. Ele está presente em todos os produtos e possui uma etiqueta com seu nome próprio. Inicialmente só havia um tipo de macaquinho Kipling, que era facilmente reconhecido pelo seu tamanho e cores fortes. Mas, conforme a empresa evoluiu nas suas coleções de produtos, o mascote também evoluiu. Devido ao grande sucesso o macaquinho virou item de coleção, e é mudado a cada novo lançamento da empresa.


De item complementar os macaquinhos Kipling se tornaram estrelas. A cada novo lançamento são criados novos membros. Ultimamente a marca tem se associado a grandes nomes da moda, arte e design, para desenvolver o mascote, que hoje em dia é item de coleção.

Cada macaquinho tem um nome próprio, desta forma a Kipling personifica seus produtos e estreita o laço emocional com o consumidor, que procura o seu nome em cada mascote. O mais legal é que esses nomes não são escolhidos ao acaso. Cada nome é o nome de um funcionário da marca. Ou seja, a marca foi muito inteligente, e uma das pioneiras em endobranding, ao homenagear os seus funcionários e aumentar o engajamento deles com a empresa em que trabalham. Não apenas o consumidor, mas o funcionário também é importante para uma marca de sucesso.

Assim a Kipling nos ensina uma fórmula:

Produtos/serviço de qualidade + Personalidade forte e duradoura = Marca efetiva para o mercado

Por isso sempre friso que a personalidade da marca deve ser estabelecida inicialmente, espalhada a todos que interagem com a empresa e, o mais importante, ser cumprida e ser verdadeira no cotidiano de todos. Fica a dica!

O post hoje foi escrito em homenagem à blogueira Tatiana Munhoz, amiga do EsttudioG e correspondente Kipling.

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Dicas para manter o foco em um mundo dinâmico

Em um mundo cheio de distração o foco é vantagem competitiva. E todos sabemos que hoje em dia manter o foco é algo extremamente difícil. A rotina é vista como inimiga da criatividade, mas nós temos que ser criativos todos os dias. O que fazer então?

Me dei à liberdade de não falar sobre marcas hoje. Amanhã o blog completa 03 meses e por isso  resolvi compartilhar com vocês dicas que me ajudam muito a seguir em frente e nutrir sempre esse blog, pois muita gente me pergunta. Criar não é difícil, o difícil é se manter.

Nós criativos temos uma deficiência de foco, por natureza. Um criativo quase sempre é incapaz de manter-se em uma linha constante e fazer a mesma coisa todos os dias. Nós aprendemos que a rotina é algo que parece inatingível e que ela definitivamente não combina com criatividade. Mas o mundo nos prova o contrário, pois ele exige uma criatividade diária do empreendedor, e nós temos que nos reinventar todo dia para poder chegar ao dia seguinte. 

Parafraseando Thomas Edison "Algo genial provém de 1% de inspiração e 99% de transpiração." Ou seja, para fazer com que qualquer coisa se torne realidade você precisa agir, falhar, adaptar e aprender com o cotidiano. Não adianta ter um milhão de boas ideias - afinal isso muita gente tem - e não executar nenhuma. Aí que entra o foco, ele faz com que as coisas realmente sejam feitas. O foco cria planos, e os planos tornam reais os objetivos. 
A mais básica forma de estupidez humana é esquecer o que estamos tentando alcançar. Friedrich Nietzsche
Realmente, para nós criativos, a rotina não é nada confortável. Ela não deve ser um dogma absoluto, mas também não deve ser subestimada, ela é necessária e faz bem. Fazer uma coisa nova todos os dias é saudável e inspirador, mas é o que você faz todos os dias que te traz resultados paupáveis e te leva adiante.


Achei esse mindmap muito útil, tire um tempo para lê-lo e veja o que você pode aplicar no seu dia a dia. Ele mostra algumas das dicas que falarei nesse post.

Deixo abaixo algumas dicas que aprendi e como tento usá-las para manter o foco e aprimorar minha atenção para produzir um trabalho que realmente importa.

Valorize o seu tempo criativo
Separe um tempo na sua agenda para um trabalho focado e ininterrupto. E o mais importante, respeite esse tempo pois ele é tão ou mais importante que uma reunião com um cliente. Comece com poucos minutos e vá aumentando conforme você se acostuma. Eu evito atender clientes de manhã, e duas vezes na semana me foco em escrever meus artigos.

Gerencie a sua atenção, não apenas o seu tempo
Não adianta separar seu tempo para uma tarefa e não manter seu nível de concentração nela. Por isso descubra suas horas mais produtivas e separe para tarefas que requerem um grande foco de concentração. As minhas horas produtivas são no início da manhã ou à noite.

Estabeleça rituais
Aquela hora, aquele lugar, aquela música. Crie pequenos rituais, pois eles funcionam como gatilhos associativos para o seu cérebro. Eles permitem que sua mente entenda que é hora de trabalhar e se fortaleça diariamente. Eu pessoalmente adoro escrever às 7 horas da manhã, é calmo e tranqüilo e o meu cérebro está fresco após uma noite de sono.

Seja freqüente
Se comprometa com algo e seja consistente. Crie metas e as siga. Não espere por um lampejo criativo, faça algo, mesmo você se sentindo inspirado ou não. Eu posto duas vezes por semana, sempre às manhãs, faça chuva ou faça sol, tenha copa ou não. Para mim essa é a dica mais difícil de seguir!

Mantenha seu progresso visível
Marcar o seu progresso é um grande motivador para qualquer projeto. Deixe visível quais foram suas conquistas diárias através de posts it, emails ou algum outro meio. Não há nada mais reconfortante que uma tarefa riscada na agenda como feita.

Dê um tempo
A vida não é feita só de foco e trabalho. Hora de trabalhar é hora de trabalhar, mas permita-se também um descanso. Não há nada de errado em pegar o seu smartphone, sair para caminhar ou beber com os amigos, seu cérebro descansa e agradece também. Desconecte-se. Sim, meu Iphone é um vício... whatsapp, analytics, facebook, instagram... não vivo sem. Também adoro sair para lanchar no meio da tarde, e não me privo.

Diga não!
A vida é feita de escolhas. Às vezes você vai deixar de ir em algum evento com seus amigos, deixar de debater aquele assunto no grupo do whatsapp, deixar algum trabalho de lado... isso é normal. Tenha consciência que você não pode e não vai fazer tudo que quer. Não tenha medo de dizer não. Meus domingos escrevendo já traduzem isso.


Eu nunca tive muito foco, a cada dia eu tinha um novo plano. Mas hoje eu tento exercitá-lo cotidianamente e o levo para onde for, gravado como tatuagem no pulso.

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Uma marca deve mudar o seu nome?

Existem várias razões para mudar o nome de uma marca. Fusões de empresas, facilitar a pronúncia, alterar para um certo idioma, mandados judiciais, entre outros. Mas mudar nome da sua marca, no fim das contas, é benéfico para ela?

Mudar o nome da marca, independente da empresa, é sempre um desafio para os gestores. Há de se tomar cuidado para não perder clientes fiéis e não destruir o valor positivo da marca, construído durante tanto tempo. Porém, a extensão do dano, ou do lucro, vai depender muito do tamanho da empresa e de como essa troca é gerenciada.

Uma coisa é fato indiscutível, mudar o nome da marca gera muita despesa financeira - publicidade, redesenhos gráficos, consultores de marketing, processos judiciais, entre outros fatores. Resta pesar se essas despesas podem ser superadas com os lucros que o novo nome pode trazer.

A Nissan originalmente vendia os seus carros nos Estados Unidos sob o nome de Datsun, como uma maneira de proteger a marca Nissan caso ela não obtivesse sucesso no mercado americano. Alterar o nome de volta para Nissan, em meados de 1980, custou à empresa algo entre 30 e 100 milhões de dólares. Agora a Nissan está reativando a Datsun outra vez.

Claro que também existiram muitos casos de sucesso quando marcas mudaram seu nome, principalmente quando pequenas empresas fazem uma mudança estratégica. As pequenas empresas que querem mudar o nome da marca geralmente o fazem para ampliar sua oferta de produtos ou seu alcance de mercado. E muitas vezes é um fator positivo pois o novo nome não gera tanto impacto de estranhamento - já que o nome antigo não era tão conhecido - e sim, facilidade para conquistar novos clientes.

A Blue Ribbon Sports virou Nike, a Takachiho Seisakusho se tornou Olympus, The Haloid Company and Produced Photography Paper virou Xerox. Esses são alguns exemplos de pequenas marcas que mudaram antes de se tornarem grandes conhecidas.

Já as médias e grandes empresas devem evitar mudar o nome da marca. Para elas o desafio é maior, por já serem conhecidas e estarem inseridas no inconsciente do consumidor, por já terem uma personalidade bem formada e serem estabelecidas no mercado. O consumidor tem uma relação emocional com as marcas, mudar o nome, só se for extremamente necessário. Um dos casos mais curiosos e polêmicos foi o a mudança de nome da CTIS, que o EsttudioG já abordou. As compras e fusões de empresa também são grande responsáveis pela mudança de muitos nomes.


A Telesp virou Telefônica depois de ser privatizada e hoje em dia adota o nome Vivo, pois passou por um processo de fusão.

Quando a troca não é drástica - normalmente uma abreviação - as chances de sucesso positivos são maiores. Muitas vezes esse tipo de mudança é feita para facilitar o registro de uma marca, por questões judiciais ou por um reposicionamento no mercado. Nesses casos o consumidor encontra facilidade com o novo nome ou quase não nota a alteração, o que não traz danos negativos para a empresa, além de inferir em ganhos na parte de comunicação e gastos judiciais e gerenciais.

A Vale do Rio Doce abreviou seu nome para Vale, um nome mais simples e fácil de ser reconhecido e capturado. Juntamente com o novo nome, uma nova identidade gráfica e novos valores de marca.

Não ha como dizer se mudar o nome da marca é algo positivo ou negativo, cada caso é um caso, os prós e contras devem ser analisados com cautela. Se optada, a troca deve ser apoiada por uma campanha de marketing sólida para informar os consumidores e fornecedores.

No fim das contas vale o ditado "melhor prevenir do que remediar". Ao criar uma nova marca o nome muitas vezes é subvalorizado, quando, na verdade, ele deve ser um dos itens mais importantes do processo. Na maioria dos casos um bom nome é aquele de fácil pronunciação, capaz de ser internacionalizado, registrável (tanto no INPI, quanto como domínio web) e que não gere conotações dúbias. Claro que não podemos aplicar isso como imutável, pois cada caso é único e exige demanda específicas, mas vale atentar-se a esses pontos sempre que necessário.

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Sua marca vai falir

O mercado se torna cada vez mais competitivo, brutalmente competitivo. Durante décadas muitas marcas se esforçaram para obter destaque e, com muito suor, chegaram ao topo de seus nichos. Mas hoje a maior parte delas caiu, faliu, sumiu. O fracasso é um elemento inevitável para a maioria das marcas.

A incrível diversificação do mercado e o fenômeno do "instant trustaceleram, e muito, o desaparecimento das marcas, principalmente daquelas que não melhoram sua eficiência, que não inovam e que não são transparentes. O consumidor está exigente e mais do que nunca dita as regras do jogo, quem não cumpre... está fora.

Eu vou falir, você também, provavelmente. Mas hoje em dia a falência não significa necessariamente o fim. Entenda: muitas marcas acabam migrando de nicho, se reinventam, fundem com outras, dão um lugar a um terceira. O mercado é dinâmico, as relações são rápidas e as marcas se adaptaram a isso, nascem e morrem igual gente no mundo. Grandes marcas, como o Facebook, o Google e a Nike já sabem disso faz tempo, e tratam de estar presentes em nichos de mercado diversos, para se segurar lá no topo e garantir o plano B.

Antes, estar no topo era sinal de segurança. Hoje chegar ao topo não é tão difícil, o difícil é permanecer lá. 
Mas a falência não é o fim, é o começo de algo novo.

O setor de eletrônicos e tecnologia é o que mais sofre perdas atualmente. Depois de alguns anos competindo com Apple e Amazon, grandes empresas consolidadas já não se sustentam mais no mercado e podem fechar as portas. Quer saber quais são?

CONFIRA AS GRANDES MARCAS QUE PASSAM APUROS NESSE ANO:



OLYMPUS. Exceto pelos líderes Canon, Sony e Nikon, ninguém mais quer permanecer no mercado de câmeras digitais. As vendas mundiais desse produto caíram 18% em 2012 e decrescem cada vez mais. A marca Olympus, que detinha apenas 7% do mercado, tem grande probabilidade de desaparecer das prateleiras das lojas até o fim desse ano. Suas vendas mundiais decaíram de 5,1 milhões para 2,7 milhões de unidades, tudo pela concorrência acirrada com os smartphones.


DELL. A Dell fabrica muitos computadores a um preço muito barato, e só. Em algum momento de sua trajetória a marca parou de se focar no consumidor e se importou apenas com o preço. Pensamento ultrapassado de mercado que hoje em dia não funciona, pois preço baixo não é mais fator de diferenciação. Devido à sua má reputação com os consumidores a marca provavelmente dará adeus ao mercado ainda este ano. Há duas possibilidades: ou conheceremos uma Dell inteiramente renovada, ou ela irá para sempre.


NOKIA. A marca passou de herói a nada em apenas poucos anos. Em 2010 ela vendeu incríveis 450 milhões de aparelhos, superando a Apple em 10 para 1, mas em 2012 ela vendeu apenas 16 milhões, enquanto a Apple vendeu 125 milhões. Um erro de parceiro selou o fim da Nokia. A marca, que faz excelentes aparelhos, falhou ao trabalhar com o sistema operacional do Windows, um grande erro que ela percebeu quando o público não encontrou uma razão boa o suficiente para comprar seus produtos. Em 2013 a Nokia fechou o ano valendo apenas 10% do que ela valia há 5 anos.

BLACKBERRY. Essa é a história mais trágica de todas. Na sua época áurea a Blackberry foi a terceira maior fabricante de celulares, e inovou ao criar o Blackberry messenger. A marca e seu aparelho viraram símbolo de status entre os jovens, principalmente na Ásia e nos EUA. Mas tudo mudou quando surgiram novos smartphones e com eles o WhatsApp, tudo ficou mais bonito e mais fácil de usar, touchscreen. A queda foi grande para a empresa. Novos modelos e um novo sistema operacional foram lançados em 2013, você ficou sabendo? Nem eu. Isso já explica a situação delicada da empresa.



O EsttudioG lançou o selo "Apenas restou saudade - Descanse em paz" e vai coroar lá na  página do face algumas marcas que faliram e deixaram conosco a saudade! Corre lá para relembrar bons momentos e sugerir marcas para receberem o selo também!

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O vexame da Louis Vuitton na Rússia

Uma exposição da grife Louis Vuitton em Moscou gerou polêmica na Rússia e foi fechada pelo governo antes mesmo de abrir as portas. Golpe de marketing, ingenuidade ou julgamento equivocado?

Ultimamente a Rússia vem chamando a atenção do mundo ao sediar as olimpíadas de inverno. O país, comandado por Vladimir Putin, um czar russo pós-modernista, quer quebrar estereótipos e revelar "Uma nova Rússia ao mundo", mas ainda esbarra no seu passado soviético. Para ilustrar esse momento conto aqui um caso curioso e polêmico ocorrido entre a marca Louis Vuitton e o governo Russo, que aconteceu no final do ano passado.

A marca francesa de luxo Louis Vuitton sempre percebeu no país um grande mercado emergente, com muitos consumidores ricos, cheios de poder e com um bom olho para a moda. Pretendendo abraçar esse novo futuro e estampar o seu monograma na história da Rússia moderna, a marca instalou uma exposição que jogava com as marcas do passado, ou seja, que comemorava sua história e legado no país.

Intitulada "L'Invitation au Voyage" a exposição trazia peças extremamente raras, patrimônios da marca que faziam um tributo à longa relação da marca com o país. Peças históricas pertencentes à família Romanov e à grandes artistas russos.

Porém discrição não é característica da LV. A exposição se materializou em forma de uma réplica gigante, de 9 metros de altura e 30 de comprimento, da mala feita para o Príncipe Wladimir Orloff no início do século XX. Até aí tudo ok, ostentação... porém a mala foi colocada no meio da Praça Vermelha, a poucos passos do mausoléu onde repousam os restos mortais de Vladimir Lenin.

Nós temos ligações antigas e estreitas com a Rússia. O objetivo dessa exibição é fortalecer ainda mais essa relação, o que é importante para a Louis Vuitton."Michael Burke, diretor executivo da marca.

Uma enorme controvérsia foi gerada e duras críticas dos cidadãos fizeram com que o governo mandasse retirar o objeto do local. A exposição, que deveria durar dois meses e doar todos os lucros obtidos para uma instituição de caridade, nem chegou a abrir as portas.
A Praça Vermelha é um local sagrado para o Estado Russo. Existem alguns símbolos que não podem ser banalizados ou denegridos", disse um membro do partido comunista.
Com uma boa idéia inicial mas uma péssima execução a marca tropeçou em uma questão política muito delicada. Será que a Louis Vuitton fez tudo intencionalmente ou foi ingênua ao construir esse santuário de excessos burgueses ao lado dos restos mortais do criador da União Soviética? Será que foi um golpe de marketing ou uma intenção desesperada de ganhar a atenção à qualquer custo?


Ao meu ver ela tropeçou mais que deliberadamente. A marca deixou que os Russos fizessem suas próprias comparações e como diz o velho lema "Falem mal, mas falem de mim". Uma exposição pontual em Moscou que virou notícia no mundo inteiro.

O problema é que isso implicou em uma falta de ética e de respeito com a história do país, por mais que você concorde ou não com os dogmas dele. Sim, os russos também foram hipócritas ao condenar uma marca que eles compram aos montes (vale lembrar que a Rússia tem o segundo maior número de milionários no mundo) mas mesmo assim a LV criou uma jogada de marketing altamente insensível e megalomaníaca. Para mim é assustador pensar que simplesmente eles não se importaram com as possíveis consequências disso.

E você, o que acha? Até que ponto o marketing pode chegar? Segue abaixo uma reportagem sobre o caso.


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O Facebook festeja seus 10 anos

Nessa terça, 04 de fevereiro, o Facebook soprou as velinhas e comemorou 10 anos de existência. Um grande mérito para uma empresa online que possui mais de 1 bilhão de usuários. Entenda o por quê desse sucesso, e quais são os planos de Mark Zuckerberg para tentar chegar aos 20 anos.

O Facebook é usado hoje em dia por 1,23 bilhões de pessoas - quase a metade das pessoas do mundo que possuem internet estão cadastradas na rede social - e vale mais de 130 bilhões de dólares. Mas segundo Mark Zuckerberg o maior mérito da marca é proporcionar conexões verdadeiras e duradouras entre seus usuários, o que, para mim, explica em parte o crescimento constante do Facebook mesmo depois de 10 anos de mercado.

Mark Zuckerberg publicou um comunicado à seus seguidores para comemorar os 10 anos de sua marca, confira um trecho aqui.
Eu sempre pensei que isso era importante - fornecer às pessoas o poder de compartilhar e permanecer conectados, possibilitando que as pessoas pudessem construir suas próprias comunidades. Quando eu reflito sobre os últimos 10 anos, eu me faço uma questão: por quê fomos nós que construímos isso? Nós éramos apenas estudantes. Nós tínhamos bem menos recursos que grandes companias. Se eles tivessem se focado nesse problema, eles poderiam ter feito isso. A única resposta que consigo pensar para essa pergunta é: nós apenas nos preocupamos mais.
Para tornar esse momento ainda mais pessoal e fazer com que seus seguidores se sintam protagonistas dessa festa o Facebook lançou sua campanha Look back. É uma ferramenta que cria um vídeo com fotos e vídeos importantes do seu perfil embalados por uma música emotiva. Não fica excelente, mas emocionou muita gente e gerou burburinho na internet. Ponto para o Facebook.

A maior parte do sucesso e da longevidade da marca advém de Mark Zuckerberg. Ele possui uma grande determinação e organização, que podem ser vistas pela sua capacidade de estruturar metas e, o mais importante, de cumpri-las. Ele estabelece desafios anuais, tanto para suas empresas quanto para sua vida pessoal, e se empenha todos os dias para chegar onde planejou. Resumindo: é um esforço diário e constante, focado em um objetivo.

Metas de Zuckerberg: Aprender Mandarin (2010), comer apenas animais que ele mesmo abatia (2011), conhecer alguém novo a cada dia (2013), escrever diariamente uma nota de agradecimento à alguém (2014).

O desafio agora é continuar esse crescimento, e enfrentar novas tendências, febres de mercado que geram forte concorrência. Internautas, particularmente os mais jovens, anseiam por diferentes tipos de experiências on-line e novas maneiras de se conectar com o outro. Twitter, Snapchat, Pinterest... nenhuma dessas redes ainda é capaz de competir diretamente com o Facebook, mas à medida que os usuários vão, pouco a pouco, escolhendo uma ou outra rede, o contexto geral começa a ficar preocupante. O Facebook sabe disso e está se mexendo para garantir o seu lugar no mercado, através da atuação em novas formas de comunicação. Sinal disso é a compra do Instagram e a tentativa frustada de comprar o Snapchat, com o objetivo de buscar hegemonia no mercado.

O grande passo do Facebook para o futuro consiste em buscar dominar o mercado da navegação por smartphones. Em 2012 a empresa decidiu que seria "móvel primeiro", e está se mobilizando para voltar-se inteiramente para o acesso do usuário pelo celular. Ao final de 2013, pela primeira vez, o Facebook fez mais de US $ 1 bilhão em receita de publicidade móvel em apenas um trimestre. A ideia é conectar ainda mais usuários e agregar novos seguidores. O plano consiste em criar (ou comprar) e lançar apps para o mercado, nem sempre associados diretamente com o Facebook. Entenda melhor abaixo.


Para as empresas o Facebook se tornou uma plataforma para engajar-se com atuais e potenciais novos clientes. Para os usuários o Facebook mudou a forma como nos relacionamos com os amigos, a família e as nossas marcas favoritas.

E os próximos 10 anos? Vamos esperar para ver, pois Zuckerberg não terá nem 40 ainda.

O Papa é Pop! O redesign da Igreja Católica

Nada convencional o Papa Francisco, dá uma lição de empatia e reestrutura aos poucos a imagem desgastada da Igreja Católica. Um case de branding memorável.

Antes de tudo, o post de hoje não é sobre religião, nem defende os dogmas católicos. Mas não há como ignorar a grande mudança de imagem que está ocorrendo na Igreja Católica devido à liderança do Papa Francisco. A dica é, procure entender o pensamento estratégico e aplicar para a sua marca.

O Papa Francisco herdou em março de 2013 uma Igreja com a imagem arranhada: muitos escândalos, exemplos de conduta duvidosa e intolerância contra as diferenças de pensamento. A Igreja demonstrava um comportamento de século XIX, em pleno século XXI. E, através de um exemplo de liderança, o novo Papa demonstrou ao mundo que uma marca danificada pode sim, ser protegida e ter sua imagem recuperada.

O grande mérito do Papa foi diminuir as barreiras entre a Igreja e seus fiéis, estabelecendo uma nova forma de contato com o seu público, ouvindo para ser ouvido. Ele saiu de dentro da Igreja e foi ao exterior, procurando colocar-se no lugar do povo para entendê-lo melhor.

O Papa sempre foi muito enfático com os representantes da Igreja para que saíssem de sua introspecção e fossem às ruas ajudar os pobres e os que sofrem.

O Papa ouve, o Papa se aproxima das pessoas. O Papa tem empatia. Ele é um líder que conhece bem os processos da sua instituição, que conhece bem seus colaboradores, e que agora quer conhecer melhor o seu público: um líder participativo. Ele lida com multidões e consegue ser admirado, até pelos que não partilham dos mesmos ideais. Todos os empreendedores deveriam ao menos estudar as atitudes desse homem.

O Papa está dando uma excelente lição de branding e marketing. Ele representa e vive os ideiais da sua instituição, ele se porta como líder sem perder a humildade e o bom trato com todos ao redor. E prova disso é que a nova imagem da Igreja Católica se expande pelo mundo sem a necessidade de propaganda, as pessoas divulgam porque acreditam, porque se sentem envolvidas nessa construção.
As marcas de sucesso tem um alto índice de paixão envolvida, elas entram em nossas casas e fazem parte de nossas vidas, elas são intimistas e escutam o consumidor. A Igreja pode ser uma delas? Na minha opinião ela é
E para encerrar o post deixo alguns dados interessantes:

- O Papa tem um Twitter oficial e é considerado o líder global mais influente, possuindo mais de 3 milhões de seguidores. Além disso ele tem contas em diversas línguas (entre elas o português e o latim). Suas mensagens são informais e conseguem alcançar o povo;

- Várias revistas de renome estamparam o Papa na capa: Vanity Fair, The New Yorker, e recentemente a Rolling Stones. O Papa inclusive foi considerado a Personalidade do Ano pela revista Time;

- A JMJ (Jornada Mundial da Juventude) acumulou um total de R$ 10 milhões em patrocínio. Bradesco, Itaú, Santander, Nestlé, TAM e McDonald`s foram alguns dos patrocinadores desse evento que trouxe o Papa ao Brasil;

O Papa é Pop!